segunda-feira, 11 de abril de 2011

Segunda-feira


O bairro amanheceu com o trânsito parado nos engarrafamentos. As fábricas de automóveis, produzindo mais de 3 milhões de unidades por ano, despejam esses novos modelos nas ruas. Qualquer dia poderemos despertar e assistir ao nó definitivo. O metrô, depois do fim da baldeação no Estácio, caminha para se igualar ao de Tóquio, onde os passageiros são empurrados com o pé para dentro dos vagões lotados.

Marquinhos em seu delírio tenta organizar o trânsito, cospe no chão e grita com os motoristas palavras que não articula mas que sabemos ser de ódio pelos olhos esbugalhados. As crianças reunidas diante da escola municipal ainda mostram um certo olhar de perplexidade e tristeza.

As previsões do tempo insistiram nos boletins de muita chuva para estes dias, acompanhada de raios e trovões, talvez houvesse enchentes. Mas o sol insiste e contradiz, apareceu em céu claro e as praias continuam cheias. Os turistas ainda estão por aí, de pele avermelhada, as meninas em vestidos leves e sandálias havaianas.

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