terça-feira, 2 de novembro de 2010
Dores de corno
Muito da inspiração do cancioneiro popular vem do sentimento do amor perdido. Traição, ódio, dor, despeito, vingança e culpa misturam-se para produzir belas canções que são a catarse de uma frustração amorosa. Se não existisse o amor perdido, a música popular seria mais pobre em todos os países do mundo.
Sobre o tumultuado amor entre Ava Gardner e Frank Sinatra, já escrevi aqui. As traições dela deram origem a “I’m a fool to want you”, uma obra-prima do sofrimento transformado em canção.
O tango é um gênero que não teria a força que possui se não existisse a melancolia e o desespero dos amores perdidos. Um dos seus maiores cantores, talvez o maior depois de Gardel, foi Julio Sosa. Quando gravou “En esta tarde gris”, de autoria de J. M. Contursi e Marianito Mores, dizem que chorou ao fim da música e disse que jamais seria capaz de repetir aquela interpretação.
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Um comentário:
É assim mesmo! Os artistas se fodem, e as obras-primas ficam aqui.
Aquele abraço!
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