domingo, 9 de outubro de 2011

Mendigos


Muito magro, o torso quase da espessura da perna atrofiada, ele pede dinheiro na Barata Ribeiro apoiado numa muleta e num pequeno bastão. Um outro estende a mão na esquina da República do Peru, muito sujo, portador de uma doença revelada pela extrema palidez em todo o seu corpo.

Na porta do metrô, uma mulher se dirige a quem passa para pedir que lhe paguem o valor da passagem e no sinal de trânsito um outro aborda os motoristas sentado numa velha cadeira de rodas. Um outro divide com ele a rua. Paralisado cerebral, percorre os corredores do trânsito congestionado num andar dançante, quase cômico.

Eles são muitos, de vez em quando desaparecem, talvez recolhidos pelos serviços sociais da Prefeitura. Mas sempre retornam para avivar no bairro a consciência da miséria humana e talvez despertar a má consciência nos que bebem nos bares ou passam em direção à praia.

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