sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Largo do Machado


Como acontece com as ruas, existem também praças vivas e praças mortas, que têm o destino de permanecerem vazias, como a Praça Paris, no centro do Rio. Foi restaurada há pouco mas é apenas uma paisagem. O Largo do Machado, ao contrário, pulsa vida. Está sempre em movimento, povoada por seu diversificado elenco de aposentados, carrinhos de bebê, usuários de crack, marginais de todo tipo, estudantes e belas garotas matando o tempo.

Não chega a ser um bairro. Foi chamado sucessivamente de Campo das Pitangueiras e Campo das Laranjeiras. Seu nome vem de um açougue que tinha um grande machado na porta identificando o estabelecimento.

A decadência que deteriorou a vizinhança não tirou a alegria do Largo, que ainda ostenta certa beleza carregada de história. Quando Santos Dumont, em 1906, decolou com o 14 Bis e virou glória nacional, foi lá que um grupo de boêmios anunciou sua chegada para jantar no Lamas. Um deles fantasiou-se, fez-se passar pelo herói, acenou para a multidão que lotava a praça e jantou e bebeu de graça com toda a sua falsa comitiva.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Largo do Machado é uma forte referência em minha vida, nos anos em que morei na cidade maravilhosa, dos 10 aos 23 anos , mais ou menos.
No dia 30 de dezembro de 2.010, dei uma passeada por lá, no final da tarde...... http://limpezariomeriti.blogspot.com

Newton Almeida
MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO