quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Um ano sombrio
Morte, destruição e tristeza são as marcas de um ano que começou com aquela tragédia na Região Serrana: mais de novecentos mortos e 400 desaparecidos. Gente que um dia antes estava a nosso lado. O dinheiro da ajuda perdido nas trevas da burocracia, parte dele roubado pelo prefeito de Teresópolis.
Doze crianças assassinadas numa escola de Realengo, o primeiro massacre desse tipo no Brasil; cinco pessoas mortas no acidente do bondinho de Santa Teresa, explosão de bueiros em ruas movimentadas. Um único cataclismo, no Japão, deixou mais de mil e trezentos mortos.
São apenas as primeiras lembranças que me ocorrem, ao pensar em 2011. O que me traz também à memória um quarteto que Vinícius teria escrito faz 43 anos:
Mil novecentos e sessenta e oito,
ano assim nunca se viu;
mil novecentos e sessenta e oito,
Vai pra puta que o pariu.
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Um comentário:
Ambos, seu texto e a quadrinha do poeta, melhoraram o tempo aqui no alto da colina.
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