A notícia da sua morte, ontem, foi um choque como costumam ser os acontecimentos trágicos. Há alguns anos publiquei alguns dos seus fotopoemas em Uma coisa e outra, uma pequena amostra da sua obra, de lirismo envolvente e grande beleza.
Luis Sérgio dos Santos, médico de profissão e poeta na essência da sua alma generosa, foi traído pelo coração. Nos últimos meses, dedicava-se a organizar uma antologia de poetas contemporâneos, com o entusiasmo que era um traço do seu caráter.
Nunca nos conhecemos pessoalmente. O gosto pela literatura e a internet nos aproximaram em um relacionamento cordial. Sua obra permanece, seu trabalho dará frutos. Mas o melhor se perdeu.
Um comentário:
A morte do Luis Sergio abre uma cratera nos corações de seus amigos e de todos os que curtem literatura e poesia. Pouco nos falamos, nas poucas vezes em que nos vimos, mas sempre foi gratificante e prazeroso estar junto ao seu sorriso que, carinhosamente, nos abraçava. Sua morte, vinda num momento de grande agitação cultural, quando organizava uma antologia repleta de bons poetas, veio de súbito. Nos pegou de jeito, com espanto, como a sua poesia costumava nos pegar. Seu trabalho deve ter continuidade. No mínimo, para prestarmos um último canto de gratidão ao que ele representou para todos nós. Descanse, amigo. Com nossos aplausos.
Tanussi Cardoso
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