Há quem a procure na paixão do amor ou no brilho da fortuna
pessoal. Ou então viajando pelo mundo, no exercício do poder, às vezes no
êxtase religioso. O homem está sempre em busca da felicidade porque não deseja
ser infeliz.
Ordenamentos jurídicos incluem entre os direitos fundamentais
o de aspirar à felicidade. Nos códigos severos das religiões, o paraíso estaria
reservado apenas aos puros. Seus portões estão fechados aos pecadores e o
castigo é não ter o privilégio de ser feliz após a morte.
Tanto quanto a utopia da paz na terra, a da felicidade
enfrenta os horrores da realidade. A guerra, a intolerância, a miséria, violência
e caos. O genocídio e os crimes odiosos
que se sucedem todos os dias, os desastres promovidos pela natureza destruindo
paisagens e dilacerando vidas. A face horrível do mundo esmera-se na promoção do
desespero. Os homens desejariam eternizar os breves momentos em que não são
infelizes.
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