sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Felicidade


Há quem a procure na paixão do amor ou no brilho da fortuna pessoal. Ou então viajando pelo mundo, no exercício do poder, às vezes no êxtase religioso. O homem está sempre em busca da felicidade porque não deseja ser infeliz.

Ordenamentos jurídicos incluem entre os direitos fundamentais o de aspirar à felicidade. Nos códigos severos das religiões, o paraíso estaria reservado apenas aos puros. Seus portões estão fechados aos pecadores e o castigo é não ter o privilégio de ser feliz após a morte.


Tanto quanto a utopia da paz na terra, a da felicidade enfrenta os horrores da realidade. A guerra, a intolerância, a miséria, violência e caos.  O genocídio e os crimes odiosos que se sucedem todos os dias, os desastres promovidos pela natureza destruindo paisagens e dilacerando vidas. A face horrível do mundo esmera-se na promoção do desespero. Os homens desejariam eternizar os breves momentos em que não são infelizes.

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