Leio numa revista de São Paulo a dica de um restaurante em
Zanzibar, na Tanzania, e me pergunto o
que motivaria alguem a ir jantar num restaurante em Zanzibar. Os guias
descrevem praias de mares azuis e a possibilidade da realização de safaris pelo
interior africano. Os brasileiros, que até há pouco exibiam certa timidez
diante de viagens pelo mundo, transformaram-se num povo cosmopolita.
Nas capitais do mundo, encontram-se imigrantes ou viajantes
brasileiros nas mais diversas atividades. Soube de um cearense que se dedicava,
em Hong Kong, a transportar turistas em seu riquixá. Em Londres ou Nova Iorque,
estão nas mais diversas atividades, de engraxates a professores universitários.
Nesta última, encontrei um mineiro que vendia pão de queijo em um pequeno balcão
sob a escada de um edifício em Manhatan.
O preço mais em conta das passagens aéreas, os enormes
aviões e aeroportos cada vez maiores convidam a classe média a se aventurar em
países distantes. Mas algo me disse, ao ler a dica do restaurante, que havia qualquer
coisa de estranho no desejo de jantar num restaurante em Zanzibar.
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