No alvorecer da revolução tecnológica, quando os espaços do
mundo diminuiram e ampliaram-se as possibilidades de comunicação entre as
pessoas, isto foi recebido com enorme otimismo.
Foi imaginado que a chegada da automação e da inteligência
artificial significariam libertação para a
humanidade, que se livraria do trabalho, maldição bíblica depois do
pecado original. Haveria mais tempo livre e se discutia o que fazer com ele,
talvez o lazer criativo, a melhoria da condição humana.
Mas a receita desandou. Há notícias de trabalho escravo nas empresas
asiáticas que fabricam produtos de alta tecnologia, sem falar nas usinas
brasileiras de etanol. O homem mais rico
do mundo fez sua fortuna vendendo impulsos de telefone celular para os
miseráveis em cartões pré-pagos. As grandes empresas contratam executivos com
obrigação de estarem disponíveis as 24 horas do dia em todos os dias da semana.
Foi sequestrado o sonho de liberdade.
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