Passeio por Copacabana mas não vejo o glamour que atrai tanta
gente do mundo nos meses de verão. Na esquina da minha rua, três adolescentes
ainda dormem sobre pedaços de papelão, debaixo da marquise, enrolados em
cobertores. Faz frio. São poucos os mendigos pedintes, devem ter se transferido para outro lugar da cidade.
Na praia, grupos de miseráveis recolhem cobertores, procuram
levantar-se, alguns de olhos quase fechados da ressaca provocada pela cachaça
ruim, muito barata, vendida nos supermercados.
Algumas garrafas vazias estão jogadas ao lado e me pergunto se os
fiscais da Prefeitura vão aplicar as multas previstas na nova postura para quem
jogar lixo na rua.
Grupos de meninos sujos e magros misturam-se aos
caminhantes e corredores das primeiras horas do dia. Cheiram cola. Alguns
meio sonâmbulos devem ter feito uso de crack. A miséria é uma sombra que se
destaca na chuva fina que cobre o bairro e escurece esta manhã de agosto.
Um comentário:
INTERESSANTE!
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