O pensamento político tem um conflito entre duas correntes
que vem desde Roma antiga. De um lado os
conservadores, que buscam manter os valores que receberam pela tradição e do
outro aqueles que defendem mudanças capazes de melhorar a experiência humana num
planeta combalido.
Como os conservadores sentavam-se no lado direito e os
reformadores do lado esquerdo, nas assembléias da Revolução Francesa, estas posições marcaram as duas ideologias
contraditórias: direita e esquerda. Hoje, muitos dizem que esta divisão não mais
existe e quem afirma isso são, habitualmente,
os de posições conservadoras, ou seja, a direita. A esquerda reivindica sua
identidade. A direita é uma só e as esquerdas são várias, separadas pelo maior ou menor grau de mudança ou revolução
que apregoam.
Para as desavenças humanas, a divergência política é tão
fatal quanto a provocada pelo fundamentalismo das crenças religiosas. Ou até
mesmo quanto as brigas entre as torcidas dos times de futebol. Todos esses
conflitos têm origem, penso, na crença de que existe uma verdade. Mas o que
existe é a luta eterna e trágica dos homens pelo poder de obrigar outros homens
a fazerem ou deixarem de fazer alguma coisa. Mesmo contra a vontade. O filósofo
Marcelinho Cachaça, de quem já falei aqui, resumia: “quem está em cima bate,
quem está embaixo apanha”.
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