Ela está recolhida, quase se esconde pelos cantos da casa e
praticamente parou de comer. Bebe muito pouca água e a veterinária, apalpando
seu corpo, diagnosticou um tumor. Ela emagrece rápidamente. Só depois de fazer uma
ultrasonografia, a doutora poderá dizer mais alguma coisa e o que poderá ser
feito, se algo poderá ser feito.
O procedimento não deve ser diferente de uma cirurgia e
mesmo assim o resultado é difícil de se prognosticar, pois uma cirurgia é algo
muito invasivo e violento numa criatura tão pequena. E tão frágil e sem defesas
diante dos males do mundo.
Ela me acompanhava todo o tempo pela casa, estava em todos
os ambientes para aonde eu me movia. Ao me ver de saida, pedia comida, como se
procurasse se proteger da fome durante a minha ausência. Agora, num dos cantos da casa, me olha à distância,
me acompanha com o olhar e em seguida fecha os olhos na busca do sono que talvez
lhe traga alivio da dor que pode estar sentindo.
3 comentários:
Tadinha...
Celso, isso me parte o coração. Medo de um dia ter que vivenciar isso com a Bella.
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