A medicação parece lhe ter aberto o apetite, pois comeu um
pouco mais e balança a cauda como costumava fazer para demonstrar curiosidade
ou bom-humor. Olha para nós à distância, sem se aproximar, como os gatos
costumam fazer quando estão doentes.
Eles são bichos que protegem sua intimidade e não são dados a derramar
emoções, como fazem os cães.
Seu olhar não revela medo, como aquele olhar entre assustado
e melancólico que vi, em ocasiões muito tristes, em algumas pessoas doentes que
iriam morrer. Temos agora de acompanha-la
até o fim, procurando fazer o melhor para o que lhe resta de vida, se isto for
de alguma forma possível. E enquanto brilhar, preciosa, a luz em seus olhos que
são tão belos.
4 comentários:
Celso,
que texto triste, doído, verdadeiro demais, de quem conhece bem a alma dos gatos. Dói também em quem também já conviveu muito com eles e passou por situações análogas. Compartilhei essa triste beleza no Facebook.
Um abraço
Belo e comovente. Que ela tenha uma passagem tranquila.
Helô
Realmente triste... eu já passei por algo parecido com a minha gata no ano passado... infelizmente ela se foi.
Celso, segue meu abraço e a solidariedade nesse momento tão triste.
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