As mais comoventes histórias de amor são as mais tristes.
Desde Julieta e Romeu e Tristão e Isolda até a frustração do amor perdido de
Rick Blaine e Ilsa Lund que se esvaiu no nevoeiro da cidade de Casablanca. No
imaginário das gentes o amor é infeliz e fugaz apesar do sonho de ser eterno.
Arthur Rimbaud manifestou todo o seu tédio existencial
dizendo que já tinha lido todos os livros e o amor é triste. Uma declaração
inesperada de um jovem de vinte anos mas era assim que ele se sentia em suas
iluminações. Shakespeare, ao contar os últimos momentos de dois adolescentes apaixonados,
alinhou o amor e seus conflitos com a morte
trágica do seu final.
Eros e Thanatos, o instinto da vida e a compulsão da morte,
os dois sentimentos em luta nos intestinos da alma humana. Freud os descreveu
magistralmente em sua obra. Foi busca-los na mitologia dos gregos. Eros, o mais
belo dos deuses, era filho da carência em busca da completude. Thanatos era
filha da Noite. Embora ambos fossem descendentes de Caos, o amor jamais poderia
existir entre eles. Talvez para isso tenhamos sido feitos. Para a suprema
loucura do ódio mas também para a esperança representada pela descoberta do
amor.
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