A espécie humana pouco se diferencia das outras. Como todos
os mamíferos, ao nascer o homem depende da presença materna para sobreviver.
Sem a capacidade de falar e sem nada compreender, passará toda a vida reunindo aos
poucos informações que vão formar sua visão do mundo, suas crenças e pensamentos,
emoções e o próprio entendimento da realidade.
Dependente do ambiente em que vive, o bicho humano
sobreviveu porque soube se adaptar a seu árido planeta. Aprendeu como nele permanecer
enquanto outros animais mais fortes sucumbiram e deixaram apenas a memória dos
seus restos.
Como as abelhas, somos uma massa de indivíduos que se divide
em tipos distintos de uma mesma organização social. No interior dela se
desenvolvem territórios diferentes, crenças e modos de vida contraditórios que
entram habitualmente em conflito uns contra os outros. Fazemos parte de uma
espécie que procura a felicidade nos mitos que negam a condição humana.
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