O sol iluminado substitui a atmosfera sombria dos invernos
passados. Não há sinal de neve neste canto da França que costumava se vestir de
branco nas cercanias do Natal e do Ano Novo. As pessoas falam do aquecimento da
Terra embora o frio de oito graus em Cahors não se compare ao calor do Rio,
próximo dos 40 graus que são tradicionais nestes meses do nosso verão.
Por todo o canto se fala das mudanças no clima. E há medo de
que o planeta se torne difícil de habitar. A consciência ambiental e alguma
histeria constroem o temor que em algum momento ficará próximo do pânico. Os
governos têm um discurso pronto sobre o clima mas os países se recusam a
enfrentar o problema. Não imaginariam mudar o seu padrão de consumo.
Os resorts de
inverno estão no prejuízo. Faltou neve para os esquiadores. Os produtores de
vinho alertam para as alterações do clima que afetam a qualidade da safra. Os
poucos moradores de rua de Cahors já viveram dias piores em outros invernos. No
momento, está dando para suportar. As crianças reclamam porque este ano não se
montou o ringue de patinação no gelo. O leve calor trazido pelo sol de inverno
é festejado por quem se lembra dos dias impiedosos. Estaríamos todos dançando à
beira do precipício?
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