O automóvel trouxe dinâmica nova para os deslocamentos
humanos. Saudado como uma revolução civilizatória, colocou Henry Ford no
panteão dos heróis realizadores, mudou a cara das cidades, inaugurou um novo
sistema de produção capitalista e transformou-se numa fonte de estresse urbano.
O transporte de um lugar para outro, nas cidades
contemporâneas, muitas vezes é mais demorado do que o simples caminhar. O gás
carbônico que envenena os ares, a falta de lugares para estacionamento, os
desastres fatais, as despesas com alargamento de ruas e estradas significam a
negação do conforto prometido pelos anúncios assinados pela indústria.
Aos poucos, transformou-se num ícone. Símbolo de status
social, fonte de prazer e aventura, mas também máquina da morte. Criado para
servir ao homem, o automóvel passou a ser cultuado e transformou-se em objeto
de desejo e de cuidados.
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