Malraux disse que toda arte é uma revolta contra o destino do homem. E Woody Allen, em uma de suas tiradas, diz que a vida não imita a arte, como queria Oscar Wilde, mas imita, sim, os maus programas da TV. Na discussão infinita sobre a utilidade da arte, nem sempre prevalece a razão, pois ela é uma expressão da loucura humana evitando que os homens enlouqueçam.
Perguntar a qualquer artista por que ele escreve, pinta, compõe, esculpe, enfim, por que exerce sua arte, ele dirá que não conseguiria viver se não o fizesse. Alguns dirão que é para não enlouquecer. A presença da loucura, além de vícios que sinalizam desequilíbrios emocionais, têm sido constantes na história dos artistas.
Alcoolismo, ópio, haxixe, heroína e outras drogas pesadas não estão longe do seu universo e da sua revolta contra o destino do homem. Muitas vezes apenas a arte não basta como ato de coragem capaz de transcender a condição humana. A impotência do artista diante de sua própria arte é a sua condenação.
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