O que vejo não verás tão cedo
nesta terra de dor
e séculos de sangue.
Virás depois de mim,
dirás algo de poesia
que a infância resguardou.
Dirás aos que virão depois de ti
o quanto vimos nos portais
onde estivemos prisioneiros.
Os outros saberão
quem na selva escura
era inimigo.
Onde a morte e a vida
se enlaçavam
em mesma dor constituídas.
E que amor era palavra sem sentido,
guardada na morada dos vermes,
mantida nas estantes.
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