De tempos em tempos, o homem se pergunta sobre suas fraquezas
morais e as fronteiras da solidariedade,
da bondade e da estupidez. O medo das manifestações naturais e a consciência
ética deram origem às religiões, pois a humanidade precisava de uma sinalização
superior para entender o fenômeno que a sua própria vida representava. Profetas
recomendaram oferecer a outra face diante da bofetada do inimigo, na tentativa
de controlar a violência inerente à espécie.
A civilização deu ao homem a falsa noção de superioridade
moral diante de outras espécies animais, junto com a impressão falsa de ter superado
instintos inferiores de violência e vingança.
Alguma coisa falhou na equação teológica formulada para a
divindade porque surgiram deuses vingativos, onipotentes e sórdidos. Sujeitos às
piores fraquezas humanas, aliadas à vocação para a violência, foram criados
pelo homem à sua imagem e semelhança.
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