As primeiras horas da manhã estão mais claras, por causa do
horário de verão e o calor tenta se instalar. Algumas frentes frias ainda
conseguem furar o bloqueio das altas temperaturas mas em breve começarão as
grandes chuvas de janeiro com suas ameaças de morte e destruição. O clima tem
castigado o mundo, as Filipinas acabam de sofrer o mais violento tufão da
história enquanto aflora o sentimento de culpa da humanidade pela destruição do
planeta.
Tirando as facilidades do consumo conspícuo, há consenso de
que a Terra já foi um lugar melhor para viver. A consciência ecológica cresce mas a
destruição continua. Os países e os homens espalham seu veneno na atmosfera de
um astro combalido que abriga a única forma de vida conhecida. E que vai
desaparecer, porque a vida é apenas um acidente cósmico.
Cientistas, junto com profetas malucos e oráculos carolas,
apegam-se uns ao conhecimento, outros ao misticismo do fim do mundo enquanto os
artesãos do apocalipse continuam sua faina industrial de destruição. Alguns
dizem que ainda há tempo. Mas não creio que haja vontade de mudar o trajeto na
direção do fim.
Um comentário:
Beleza, Celso. A humanidade não merece mesmo esse planeta azul!
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