Numa curva suave do Rio Célé, Marcilhac surgiu em torno de
uma abadia dos monges beneditinos construída no século XI e destruída na Guerra
dos Cem Anos com os ingleses. Foi reconstruída e destruída mais duas vezes, nas
guerras de religião e de uma vez por todas na Revolução de 1789. Restam sua ruínas,
imponentes.
A abadia deu importância à cidade, em sua época. Parece ter
sido construída sobre uma capela romana que existiu em tempos mais antigos.
Percorrendo hoje seus corredores, as sombras daqueles muros que existem desde
os começos da Idade Média ecoam os prazeres e os sacrifícios da vida monástica
naqueles tempos.
Marcilhac não chega a ser uma cidade, é até hoje uma
passagem para os peregrinos que se dirigem a pé a Santiago de Compostela. Uma
parada para admirar o rio Célé, o mais formoso da Europa, dizem os franceses.
Na curva de Marcilhac, antes de desaguar no Lot, ele diminúi também a sua
marcha, junta-se num pequeno lago, espelha o verde das árvores em sua volta e
pinta uma paisagem de tocante e calma beleza.
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