O que foi vivido não se perde na escuridão do passado
esquecido. Permanece nos limites entre a lembrança e o olvido, na solidão dos
velhos, nas sombras de um futuro matizado de cores escuras. O improviso dirige
os passos, o acaso é o verdadeiro nome do destino e a vida constrói assim o fim
da sua história no mais íntimo da morte, resumo do que foi vivido.
Os intervalos do tempo pontuam o que possa fazer o homem. O
pensamento olha para os abismos a imaginar paisagens feias, estradas sombrias
da interminável viagem na direção do nada. A claridade das manhãs traz consigo
o decair do dia e o mergulho profundo dentro da noite insondável.
Pois é assim que animais estranhos devoram nuvens, regem a
direção dos ventos, limitam a esperança e o sonho de crianças despertas,
famintas, que apenas desejam compreender a natureza dos sons a crescer em seu
redor. Nada do que foi imaginado pelo pensamento.
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