quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O nome do destino


O que foi vivido não se perde na escuridão do passado esquecido. Permanece nos limites entre a lembrança e o olvido, na solidão dos velhos, nas sombras de um futuro matizado de cores escuras. O improviso dirige os passos, o acaso é o verdadeiro nome do destino e a vida constrói assim o fim da sua história no mais íntimo da morte, resumo do que foi vivido.

Os intervalos do tempo pontuam o que possa fazer o homem. O pensamento olha para os abismos a imaginar paisagens feias, estradas sombrias da interminável viagem na direção do nada. A claridade das manhãs traz consigo o decair do dia e o mergulho profundo dentro da noite insondável.


Pois é assim que animais estranhos devoram nuvens, regem a direção dos ventos, limitam a esperança e o sonho de crianças despertas, famintas, que apenas desejam compreender a natureza dos sons a crescer em seu redor. Nada do que foi imaginado pelo pensamento.

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