José dizia que o inferno existe, sim. Ele não está nos
outros, como pensava Sartre. Está dentro da alma humana que nele mergulha pelo
sentimento de culpa, o sofrimento que não passa. Torna-se perene, atravessa
todos os sentidos, bloqueia os sentimentos e nem o amor é capaz de o redimir. Às
vezes conduz ao suicídio.
A Igreja católica criou o sacramento da confissão por considerar
que, ao reconhecer a culpa e pagar leve penitência, o crente sentiria alívio pela
absolvição em nome de Deus. No entanto, dizia José, o sentimento de culpa continuará
no coração das almas condenadas. Não será esquecido.
Sofrimento, tristeza e pensamentos sombrios são a definição
do inferno das almas pela culpa às vezes inconsciente. O arrependimento é
apenas mais uma forma da punição que só não vai durar pela eternidade porque
oferece a libertação pela morte. Dizia José.
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