Ao longo da evolução de sua espécie, a raça humana alimentou
o mito de afastar-se de sua origem, a mesma de todos os animais da Terra. Imaginou-se
como imagem e semelhança de Deus, aspirou à santidade e alimentou a idéia de
justiça e liberdade, na qual seria
feliz. A luta pela superação significava ser livre das amarras da condição
humana e do que ela possui de frágil, injusto, confuso, estúpido e violento.
A história do homem, no entanto, tem mostrado como se sucede
de modo desigual e muitas vezes decepcionante. Convivem até hoje sociedades que
conquistaram um grau mais avançado de civilização com outras que continuam na
pré-história. E os massacres, genocídios, tortura e violência indiscriminada
exibem suas imagens recorrentes no espelho da humanidade.
Os pessimistas vêem a civilização como um belo projeto
imaginado na antiguidade clássica, a partir dos grandes filósofos gregos, que
infelizmente não deu certo. O quadro de miséria humana espalhado pelo mapa do
mundo de hoje, como sempre o foi em todas as épocas, exibe rancor, cobiça,
ignorância e ódio construindo o medo da felicidade que o homem idealizou mas que
no íntimo nunca desejou.
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