O dia claro ilumina a manhã de Copacabana neste final de
maio, em que o mar se agita e as ruas internas exibem tráfego intenso e
caótico, como sempre. Marquinhos, louco, grita para os motoristas seus
impropérios ininteligíveis e a velhinha que alimenta os pombos da praça
aparenta um ar cada vez mais distante. Como se não estivesse ali.
Os habitantes do bairro desfilam pelas calçadas, velhos na
direção do supermercado, do banco ou da farmácia. E as belas meninas caminham
na direção da praia na companhia dos pequenos grupos que saem da estação do
metrô.
No botequim da esquina, reconheço seus frequentadores
habituais. Entre eles distingo o homem magro que me acostumei a ver, de manhã
bem cedo, tomando a primeira refeição do dia constituida de pão, manteiga e uma
garrafa de cerveja.
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