No post “O Desconhecido” esqueci de dizer que a busca da
humanidade pelo conhecimento, uma luta maior do que as guerras que têm
devastado a civilização, também não lhe trouxe felicidade. A cada mergulho no desconhecido,
o homem voltou mais infeliz porque trouxe mais certeza a respeito de si mesmo,
ou seja, voltou mais consciente da própria ignorância.
Como não há, em princípio, monopólio do saber, esta tem sido
a maior das batalhas porque se trata de luta pelo poder. As nações são tanto
mais poderosas quanto maior o acervo de conhecimento que colecionam. Vivemos a
idade pós-industrial, uma época dominada pela criatividade no campo da
tecnologia.
Este é o cenário em que se cria a nova sociedade, plantada
sobre uma nova economia, assentada por sua vez nos papéis que se valorizam
artificialmente nos pregões das bolsas. E condiciona o surgimento de um novo tipo
humano. Mais ambicioso, agressivo e amedrontado.
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