Drummond, um homem calmo, introspectivo e tristonho, teve
intuição de como funcionava a máquina do mundo enquanto caminhava pelas estradas
ermas e solitárias de Minas. Algo que não compreendemos e nos acompanha, conduz
nossos sentimentos e ações, dirige o que fazemos mas não nos induz a evitar o
que não fazer.
O conflito e a miséria dos acontecimentos do mundo são algo
que procuramos compreender mas deles só escutamos um eco distante sempre
renovado.
Outro poeta, Bilac, tão injustiçado pelo modernismo, deixou
enunciadas umas poucas perguntas que as
palavras são incapazes de responder: e a ira muda? E o desespero mudo? E as
palavras de amor que morrem na garganta?
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