Existem ruas vivas e ruas mortas. As de Brasília, como as da
Barra da Tijuca, são ruas onde a vida não pulsa, onde se vê apenas o desfilar
dos automóveis com seus passageiros isolados, prisioneiros entre vidros
fechados e escurecidos de insulfim. São vias em que os sinais de trânsito,
quando acendem os farois vermelhos, transformam-se em paradas ameaçadas por
assaltantes que podem saltar das sombras e nos levar a bolsa e a vida.
Nas ruas mortas não existem bares, nelas as mulheres não desfilam diante de olhares perturbados pelo desejo nem se vê nas esquinas o encontro de pessoas que há tempo não se viam e de repente uma surpreende a outra.
Existem ruas onde a vida se manifesta nas lojas, nos botequins e em todas as esquinas, onde as mesas de calçada permitem observar com tranquilidade o desfilar da comédia humana. A Barata Ribeiro e a rua do Catete são exemplos de ruas que vêm de outros séculos mas cuja antiguidade não lhes tirou a animação e a vida. Ao contrário, deu-lhes um estilo e algum orgulho de serem a prova de que houve uma forma diferente de viver uma cidade.
Nas ruas mortas não existem bares, nelas as mulheres não desfilam diante de olhares perturbados pelo desejo nem se vê nas esquinas o encontro de pessoas que há tempo não se viam e de repente uma surpreende a outra.
Existem ruas onde a vida se manifesta nas lojas, nos botequins e em todas as esquinas, onde as mesas de calçada permitem observar com tranquilidade o desfilar da comédia humana. A Barata Ribeiro e a rua do Catete são exemplos de ruas que vêm de outros séculos mas cuja antiguidade não lhes tirou a animação e a vida. Ao contrário, deu-lhes um estilo e algum orgulho de serem a prova de que houve uma forma diferente de viver uma cidade.
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