As
cidades nascem, crescem e morrem como os seres vivos. Quem se lembra de Nínive?
Sua memória existe apenas na História. Foi a mais importante entre todas,
quinze séculos antes de Cristo. O Livro de Jonas a ela se refere como uma
cidade excessivamente grande. Perdeu-se no tempo também Senaqueribe, seu
construtor, que resplandeceu o mundo com sua glória. E de Tikal, quem se
recorda? Orgulho dos reis maias, foi abandonada porque cresceu demais e virou
uma cidade perdida entre as árvores da selva.
Há
dois anos, Detroit declarou a própria falência. Foi uma das mais ricas cidades
americanas. Quando passar o tempo dos automóveis, que fizeram sua riqueza,
talvez cumpra o destino de Nínive. Ainda abriga mais de quatro milhões de
habitantes. Mas está morrendo. Hoje, javalis pastam no centro da cidade de
Chernobyl, que foi grande e representou o poder atômico da União Soviética.
Todas
vibravam sua energia e expandiram seu poder pelo mundo. Não resistiram aos
desastres que amadureceram sob os pés dos seus habitantes. Algumas foram
soterradas, em seu lugar surgiram outras cidades diferentes, muitas vezes com
outros povos e falando outras línguas. As grandes metrópoles alimentam o mito
de que são eternas mas o tempo não reconhece eternidade no que as civilizações
humanas construíram.
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