A janela mostra a rua
e no coro das calçadas
crianças desafinam
cânticos de medo.
O sol e a tarde mostram seu perfil noturno:
espumas poluídas, nuvens amarelas,
faca abrindo as vísceras das aves de agouro
e a face entorpecida de um céu parado.
Sonho inumerável, chão de moscas,
vermes te subindo os pés em busca do teu sexo.
Estás sòzinho em noite atribulada
e uma mulher te faz perguntas sobre a morte.
Caminhas em rota de abismos
perscrutando intemporais silêncios.
Indagas a ti próprio: até quando a escuridão
vai banhar a alma dos aflitos?
e no coro das calçadas
crianças desafinam
cânticos de medo.
O sol e a tarde mostram seu perfil noturno:
espumas poluídas, nuvens amarelas,
faca abrindo as vísceras das aves de agouro
e a face entorpecida de um céu parado.
Sonho inumerável, chão de moscas,
vermes te subindo os pés em busca do teu sexo.
Estás sòzinho em noite atribulada
e uma mulher te faz perguntas sobre a morte.
Caminhas em rota de abismos
perscrutando intemporais silêncios.
Indagas a ti próprio: até quando a escuridão
vai banhar a alma dos aflitos?
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