A língua geral era o idioma mais falado no Brasil até 1757, quando
o Marquês de Pombal a proibiu, expulsou os jesuitas e obrigou o país a falar
português. Foram os bandeirantes que a disseminaram país afora e o Padre José
de Anchieta escreveu a sua Arte de
Gramática da Lingoa mais usada na costa do Brasil, pois queria ser entendido na catequese dos índios. A língua era essencialmente o tupi. Fernão Dias Paes Leme, dizem os registros,
não falava português.
Depois da proibição, o velho idioma refugiou-se no dialeto
caipira. Até hoje, no interior de São Paulo e em quase todo o Centro-Sul, os rr prounciados com lingua travada no céu
da boca são resquícios da língua geral. Nas emissões de rádio e TV dessas
regiões, e até na leitura de votos dos juizes do STF que vieram de São Paulo ou
do interior, podemos ouvir ainda o eco das vozes do Brasil de antigamente.
Um comentário:
Oía, não sabia disso
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