Paris possui bons restaurantes, em qualquer categoria de
classe ou preço. Mas é crescente o número de pièges à touristes, as armadilhas para turistas. Nomes
de grande tradição como o Pied de Cochon,
Brin de Zinc, Le Petit Zinc e Pharamond saíram das mãos de profissionais e
foram comprados por grupos empresariais sem compromisso com a qualidade e de
olho na multidão de turistas pouco exigente e com bastante dinheiro.
A culinária é uma forma de artesanato, alguns chegam a
chama-la de arte. Perde a alma quando passa a ser vista apenas como forma de
fazer dinheiro. Parece ter sido este o ponto de vista do empresário Christian
Millet quando comprou o bistrô Chez la
Vieille (1, rue Bailleul), que fez sua fama quando sua dona era a velha
Adrienne.
Millet procurou manter a mesma atmosfera de antes, a mesma
decoração das pequenas salas e contratou o jovem chef Itché Tagouma. Vê-se, pelo nome, que ele não é francês. Mas é
um mestre da cozinha francesa e tem o que ensinar a muitos chefs da França.
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